Hoje, venho compartilhar um pouco da minha trajetória pessoal e profissional, marcada por uma série de experiências enriquecedoras e reviravoltas inesperadas, todas elas permeadas pelo meu profundo amor pela arte e pela natureza .
Neste vasto universo que é a vida, somos constantemente desafiados a descobrir quem somos e qual é o nosso propósito. Essa jornada é repleta de reviravoltas, surpresas e momentos de autodescoberta que moldam o nosso destino de maneiras inesperadas. E é justamente nesse intricado labirinto de experiências que encontrei a mim mesma, uma artista multifacetada cuja jornada é tão inspiradora quanto cativante.
O começo

Meu percurso teve início no Rio de Janeiro, onde nasci em outubro de 1990. Contudo, com menos de dois anos de idade, minha família optou por se estabelecer no interior de Minas Gerais, mais precisamente no Triângulo Mineiro. Foi nessa região que cresci, sob a influência inspiradora de minha mãe, uma talentosa artista de múltiplos talentos.
Em 2008, voltamos para o Rio de Janeiro, mas dessa vez nos estabelecemos em Rio das Ostras. Foi lá que concluí o terceiro ano do ensino médio e, com o sonho de cursar uma faculdade, decidi me dedicar aos estudos e me preparar para o vestibular. Na busca por uma formação acadêmica que estivesse alinhada com minha paixão pela arte, decidi me inscrever no curso de História da Arte na UERJ. Foi um período de grandes expectativas e descobertas, marcado pela busca incessante por conhecimento e pela vontade de explorar novos horizontes.

Entre Museus e Tribunais: uma jornada de redescoberta e reencontro com a Arte
Após um ano na UERJ, descobri o curso de Museologia na UFMG, em Belo Horizonte, e foi lá que decidi mergulhar de cabeça nessa nova aventura acadêmica. Durante os sete anos que passei na capital mineira, tive o privilégio de explorar as trilhas, cachoeiras e montanhas da região, experiências que guardo com saudade e carinho. Foi um período de descobertas e aprendizados que moldaram quem sou hoje.
Durante minha jornada na faculdade de museologia, me deparei com um momento decisivo em que fui guiada pela razão e pelo medo. A incerteza sobre minha capacidade de sustentar-me através da arte e a pressão social me levaram a tomar uma decisão que, na época, parecia a mais sensata: deixei a museologia para trás e ingressei em um curso mais convencional, o de Direito. Essa escolha não foi apenas motivada pela busca por estabilidade financeira, mas também pelo desejo genuíno de fazer justiça aos menos favorecidos, de contribuir para um mundo mais justo e igualitário.
Embora essa decisão tenha sido tomada com as melhores intenções, logo percebi que algo essencial estava faltando em minha vida: a expressão criativa, a conexão com as artes e a liberdade de me expressar através delas. Essa percepção foi como um chamado que ressoou profundamente em meu ser, despertando em mim o desejo de retomar o contato com a arte, de seguir minha verdadeira paixão e de buscar uma forma de viver em harmonia com minha essência criativa.
Em 2019, concluí minha graduação em Direito, um momento que marcou o fim de uma importante jornada em minha vida. Foi uma fase de muita felicidade, pois além de finalizar essa etapa acadêmica, pude refletir sobre as experiências incríveis que vivi ao longo desses anos. Durante minha trajetória na faculdade, conheci pessoas incríveis, mergulhei em histórias fascinantes e construí laços de amizade que perduram até os dias de hoje. No entanto, mesmo com a conclusão do curso, eu sabia que esse não era o caminho profissional que desejava seguir.

Foi em uma terapia com eneagrama que uma pergunta simples mudou tudo: “O que você ama fazer?” Foi nesse momento que lembrei do macramê, uma paixão antiga que despertou meu interesse desde os tempos em que fazia bijuterias com essa técnica, lá em 2008. Essa redescoberta foi como uma luz no fim do túnel, e logo me vi imersa nos estudos novamente, determinada a resgatar essa arte que sempre esteve presente em minha vida.
Essa redescoberta foi o ponto de partida para a criação da marca “Pelas Mãos de Fernanda”, onde finalmente pude dar vazão à minha criatividade e paixão pelo feito à mão.

Ao longo dessa jornada, descobri que a verdadeira arte está em seguir o coração, em abraçar as surpresas e os desafios que a vida nos apresenta. E é assim, com coragem e determinação, que continuo a explorar os caminhos da arte, inspirando-me e inspirando outros com minha criatividade e paixão.
Fiquem atentos, pois esta jornada está longe de chegar ao fim. No próximo capítulo, desvendarei como me entreguei ao encanto da cerâmica, um novo capítulo nesta história de descobertas e autodescobertas. Até lá! 🌻
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